Um estudo desenvolvido na Universidade de Gotemburgo, na Suécia, aponta que já é possível prever a gravidade de uma apendicite através de uma amostra de sangue, permitindo assim determinar o melhor tratamento individual.
Segundo a pesquisa, a apendicite está associada à degradação da matriz extracelular, envolvendo injúria tecidual. O objetivo dos pesquisadores foi investigar se as técnicas de imunorreação poderiam ilustrar o curso e a gravidade de uma apendicite, e separar os diferentes graus inflamatórios de uma crise.
Para isso, a equipe analisou cerca de 100 pacientes que tiveram algum episódio de apendicite. Os voluntários foram divididos em quatro grupos para que as análises pudessem ser realizadas em diferentes fases inflamatórias do apêndice.
Os resultados mostraram que existe uma diferença entre a protease e a anti-protease. A descoberta é importante para entender como o tecido danificado pode levar à perfuração do apêndice. E é a presença das enzimas que perfuram o tecido no sangue que permite o diagnóstico do grau de inflamação.
Para Anna Solberg, integrante da equipe, as causas da apendicite podem ser múltiplas e por isso a dificuldade de se prever uma crise. Ela completa que alguns pacientes podem apresentar a perfuração, enquanto em outros as crises são menos graves.
A cientista diz que ainda serão necessários outros estudos, mas a quantidade de anti-protease no sangue pode tornar-se parte do futuro diagnóstico clínico de uma crise de apendicite.