A pílula anticoncepcional completa 50 anos neste domingo. O contraceptivo ajudou mulheres a exercer o direito de determinar a quantidade de crianças e quando engravidar e se tornou o método mais popular para evitar a gravidez.
Porém, mais de 200 milhões de mulheres em países em desenvolvimento não têm acesso à contraceptivos modernos. A afirmação é da diretora-executiva do Fundo das Nações Unidas para a População, Unfpa, Thoraya Obaid.
Saúde Reprodutiva
De acordo com ela, são necessários mais investimentos para proteger a saúde e os direitos femininos em todo o mundo.
Ainda segundo Obaid, a pílula permitiu que as mulheres pudessem se dedicar à educação e ao mercado de trabalho, beneficiando também as famílias delas, sociedades e nações.
Os 50 anos da pílula e consequências serão discutidos num simpósio em 8 de junho. A ideia é debater o futuro da tecnologia em saúde reprodutiva.
Metas do Milênio
Em 2008, o Fundo das Nações Unidas para a População e doadores destinaram mais de US$ 210 milhões, o equivalente a R$ 390 milhões, para a aquisição de contraceptivos.
Com o crescimento da demanda, seria necessário dobrar o montante para satisfazer as necessidades até 2015, de acordo com a Unfpa. O ano de 2015 é o limite para o cumprimento das Metas do Milênio, que englobam o acesso à reprodução saudável e planejamento familiar.