Todos os anos, milhares de mulheres morrem e três milhões de recém-nascidos não sobrevivem após a primeira semana depois do parto, por falta de serviços de obstetrícia prestados por pessoal qualificado. De acordo com o Fundo de População das Nações Unidas - ONU-Brasil (UNFPA), para cada mulher que morre tragicamente, outras 20 são vítimas de graves enfermidades, doenças crônicas ou deficiências, tais como a fístula obstétrica.
No Dia Mundial da Parteira, comemorado dia 5 de maio, a Diretora Executiva do UNFPA, Thoraya Ahmed Obaid, afirma: "Nenhuma mulher deveria morrer ao dar a luz. É necessário aumentar o investimento na formação de parteiras para proporcionar a prestação de serviços de parto que salvam vidas, e para que as parteiras recebam atenção prioritária nos programas, nas políticas e nos orçamentos de saúde." Para ela, faltam hoje, em regime de urgência, 350 mil parteiras em escala mundial.
O UNFPA e a Confederação Internacional das Parteiras (ICM) salientam que as parteiras que cuidam da gravidez, parto e pós-parto, podem evitar até 90% das mortes maternas. Além disso, elas também desempenham um papel fundamental no planejamento familiar, aconselhamento e prevenção da transmissão do HIV de mãe para filho.
A ICM e o UNFPA reafirmam o compromisso de colaborar para melhorar o nível de capacitação, regulamentação, estatuto profissional e condições de trabalho das parteiras em todas as comunidades. "Fazemos isso em comemoração aos serviços de parto de qualidade no mundo inteiro e por reconhecer que o mundo precisa de parteiras agora mais do que nunca, para proteger as vidas de mulheres e crianças", concluem Thoraya Ahmed Obaid e Agneta S. Pontes, Secretária-Geral da ICM.