A exposição a um aumento do nível de poluentes atmosféricos, especialmente o dióxido de nitrogênio, tem sido associada a uma menor probabilidade de gravidez bem-sucedida em mulheres submetidas à fertilização in vitro, de acordo com um grupo de pesquisadores da Penn State.
A equipe examinou o resultado da tentativa de primeira gravidez de mulheres submetidas à fertilização in vitro. Eles realizaram suas observações ao longo de sete anos, a partir do ano de 2000.
"Vários estudos têm mostrado, consistentemente, uma relação entre a poluição atmosférica e a saúde humana, desde mortalidade, doenças cardiovasculares e outras doenças crônicas", disse o professor de epidemiologia, Liao Duanping. "O processo de busca dos mecanismos responsáveis pelas associações acima tem relatado vínculos significativos entre a poluição do ar, a inflamação e o aumento da coagulação do sangue. Esses fatores intermediários também estão associados à saúde reprodutiva".
Embora os efeitos da qualidade do ar no declínio no sucesso da fertilização sejam variáveis e dependentes de poluentes, riscos elevados de dióxido de nitrogênio e partículas finas foram associados a menores taxas de sucesso de gravidez.
Os investigadores avaliaram os efeitos das partículas de poluição, tanto individualmente, quanto modelos multi-poluentes. Para este modelo, a exposição ao ozônio parece ter uma associação positiva com o nascimento bem sucedido, se a exposição ocorre antes da cultura de embriões ou da transferência de embriões. Os investigadores acreditam que altos níveis de ozônio indicam baixos níveis de dióxido de nitrogênio, que mostram melhores resultados da gravidez. Além disso, para o modelo multi-poluentes, os efeitos "positivos" do ozônio foram diminuídos com a adição de dióxido de nitrogênio.
Estes resultados podem ser úteis para o estudo dos efeitos nocivos da poluição do ar sobre a reprodução humana em geral. "Desde que a fertilização seja bem controlada e altamente cronometrada, podemos lidar muito melhor com a avaliação do tempo de exposição elevada aos poluentes do ar em relação à fertilização, à gravidez e ao parto", explicou Liao.