Pesquisa realizada na Universidade Autônoma de Yucatán (UADY), no México, afirma ter testado com sucesso em animais uma vacina que imuniza o organismo contra a leishmaniose.
Segundo Eric Dumonteil, responsável pelo estudo, os resultados aparecem como um passo importante para combater uma doença que mata 70 mil pessoas a cada ano nos países em desenvolvimento.
A equipe isolou os genes do protozoário utilizando uma técnica de biologia molecular, conseguindo codificar as proteínas responsáveis por uma resposta imune em pessoas vacinadas.
'O agente patogênico se esconde no interior das células do sistema imunológico, invadindo e manipulando a célula sem chegar a ser erradicado pelas estratégias convencionais.
A vacina geneticamente modificada foi administrada por via subcutânea em ratos. Os resultados demonstraram que, após quatro semanas, os roedores tinham desenvolvido alguns anticorpos e que, depois de oito semanas, a resposta imunitária celular e a produção de substâncias defensores estavam presentes em grande número.
Após quatro semanas do tratamento, os pesquisadores infectaram as cobaias com o parasita responsável pela leishmaniose, chegando a uma taxa de sobrevivência de 80%.
Por enquanto o grupo de pesquisa realiza testes em cães, um dos principais hospedeiros do parasita. 'Estamos avaliando a possibilidade de transferência de tecnologia para um laboratório que iria agilizar o início dos testes clínicos, bem como aumentar a eficácia da resposta imune,' completa Dumonteil