Pesquisadores da Oregon Health and Science University, nos EUA, descobriram um composto capaz de evitar a perda auditiva causada pelo excesso de ruído.
A pesquisa, publicada no The FASEB Journal, descreve o tipo de dano exato que o ruído causa ao ouvido interno.
"A perda auditiva induzida pelo ruído, com acompanhamento de zumbido e hipersensibilidade ao som é uma condição comum que leva a problemas de comunicação e isolamento social. O objetivo de nosso estudo é entender os mecanismos moleculares bem o suficiente para diminuir os danos da exposição ao som alto", afirma o autor da pesquisa Xiaorui Shi.
Para fazer esta descoberta, Shi e seus colegas usaram três grupos de ratos com idades entre 6 a 8 semanas de idade, que consistia de um grupo controle, um grupo exposto ao ruído em 120 decibéis durante três horas por dia, durante dois dias, e um terceiro grupo que recebeu injeções de doses de pigmento do fator derivado do epitélio (PEDF) antes da exposição ao ruído.
PEDF é uma proteína encontrada em vertebrados que está atualmente sendo pesquisada para o tratamento de doenças como o câncer e doenças cardíacas. As células que secretam PEDF em animais do grupo controle apresentaram uma morfologia ramificada característica, com as células se organizando em um padrão de auto- prevenção que proporcionou uma boa cobertura da parede capilar. A morfologia das mesmas células nos animais expostos ao ruído, no entanto, mostrou diferenças claras.
Os resultados mostraram que a exposição ao ruído causou alterações nos melanócitos localizados no ouvido interno.
"A perda de audição ao longo do tempo rouba das pessoas sua qualidade de vida. É fácil dizer que devemos evitar ruídos altos, mas, na realidade, isso nem sempre é possível. Se, no entanto, um remédio puder ser desenvolvido para minimizar os efeitos negativos de ruídos, isso beneficiaria todos", concluem os autores.