Os dois principais fatores associados ao aumento do risco de bebês nascerem com defeitos congênitos são mães mais velhas e pais com relações consanguíneas, afirma pesquisa desenvolvida na Universidade de Leeds, no Reino Unido.
Outro importante resultado da pesquisa foi afastar a hipótese de que o nível sócio-econômico (níveis de privação) pode afetar o risco relativo de defeitos de nascença.
O estudo analisou informações detalhadas coletadas sobre mais de 11.3 mil bebês envolvidos no projeto Nascidos em Bradford (BiB), uma análise de longo prazo que acompanhou a saúde dos bebês que nasceram na cidade de Bradford entre 2007 e 2011. A equipe de pesquisa descobriu que a taxa global de má-formações congênitas nos bebês foi de aproximadamente 3%, quase o dobro da taxa nacional.
Segundo o Geneticista Eamonn Sheridan, um dos responsáveis pelo estudo, "é importante destacar que a grande maioria dos bebês nascidos de casais parentes de sangue são perfeitos, embora o casamento consanguíneo aumente o risco de defeito congênito de 3% a 6%, o risco absoluto é pequeno.
A cada ano, cerca de 1,7% dos bebês na Inglaterra e País de Gales nascem com problemas congênitos (cardíacos ou pulmonares ou síndromes como a de Down), que podem ser limitantes vida. Estes distúrbios ocorrem como resultado de interações complexas entre factores genéticos e ambientais, ou devido a danos causados por infecções tais como a rubéola e citomegalovírus.
Estima-se que mais de um bilhão de pessoas no mundo vivem em em comunidades onde o casamento consanguíneo é comum. O estudo Bradford / Leeds é o primeiro que capaz de explorar as potenciais causas de defeitos congênitos em uma população onde há um número suficiente de ambos os grupos consangüíneos e não-consangüíneos para chegar a conclusões confiáveis e estatisticamente significativas.