Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo indica que a capital lidera os municípios com maior número de casos de óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), a forma mais grave da doença, para influenza A H1N1 no estado. O Governo do Estado encaminhou 300 mil doses do antiviral Oseltamivir (popularmente conhecido como Tamiflu®) para os paulistanos. A distribuição do medicamento ocorre em versões adulta e infantil e tem como objetivo facilitar o acesso e uso adequado do medicamento.
Até o dia 15 de maio foram registrados 21 óbitos pela doença na capital, o que representa 38% do total de 55 óbitos confirmados. O levantamento mostra, ainda, que neste mesmo período foram confirmados 328 casos de SRAG para influenza A H1N1 em todo o estado, sendo que 202 deles, ou 62%, na capital.
O levantamento aponta que de todos os óbitos de SRAG por influenza, 67% apresentavam pelo menos uma comorbidade, incluindo duas gestantes. Ainda dentre todos os óbitos de SRAG por influenza, 73% foram tratados com antiviral (oseltamivir).
A distribuição do oseltamivir faz parte do combate às síndromes virais graves, que se intensificam nessa época do ano, como a gripe influenza A (H1N1). O abastecimento do medicamento é destinado aos pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e poderá ser prescrito pelo médico responsável pelo atendimento nas unidades de saúde de cada município.
De acordo com a Divisão de Doenças Respiratórias da secretaria, a recomendação à população é que procure o serviço de saúde mais próximo sempre que a síndrome viral caracterizar-se por um quadro de febre, tosse, dor de garganta e pelo menos um dos seguintes sintomas: dores nas articulações, dores musculares ou dor de cabeça.
Para que o oseltamivir tenha o efeito desejado, a recomendação é de que seja prescrito em até 48 horas após o início dos sintomas da gripe aguda. A droga diminui a carga viral no paciente, diminui a duração dos sintomas, melhora o prognóstico da doença e impacta diretamente na diminuição no número de casos de óbitos, principalmente, em pacientes portadores de comorbidades.
Para os outros vírus circulantes no estado, foram registrados outros 1.545 casos para influenza A ou B sazonal. Ao todo sete óbitos foram confirmados pelos dois outros vírus.
Até 29 de maio o estado de São Paulo continua com a vacinação contra a gripe. Até hoje foram imunizados 7,3 milhões de paulistas, número superior à meta de 80% dos 7 milhões de pessoas que compõem o público-alvo da campanha (idosos com 60 anos ou mais, gestantes, mulheres que deram à luz em até 45 dias, crianças a partir de seis meses e menores de dois anos, indígenas, pacientes diagnosticados com doenças crônicas e profissionais de saúde do Estado).
Além da vacinação para os grupos prioritários, recomenda-se que todas as pessoas acometidas de qualquer contágio de influenza, adotem e reforcem medidas de higiene, como cobrir a boca ao tossir e espirrar, procurar estabelecer-se em locais mais arejados, evitando, assim, o contágio da doença.