Ferramenta desenvolvida por pesquisadores da University of Texas em Arlington, nos EUA, pode ajudar os cientistas a mapear e controlar as interações entre os neurônios dentro de diferentes áreas do cérebro.
O novo método tem potencial para mostrar como as diferentes partes do cérebro reagem quando uma área relacionada é estimulada.
Os resultados foram publicados na revista Optics Letters.
A ferramenta baseia-se na descoberta de que a luz de infravermelha pode ser utilizada para estimular uma proteÃna sensÃvel à luz introduzida em células vivas e neurônios no cérebro.
A tecnologia seria útil no mapeamento cerebral. "Os cientistas têm gasto muito tempo olhando para as conexões fÃsicas entre as diferentes regiões do cérebro. Mas essa informação não é suficiente, a menos que possamos examinar como essas conexões funcionam. É onde a optogenética de dois fótons entra em jogo. Esta é uma ferramenta não só para controlar a atividade neuronal, mas para entender como o cérebro funciona", afirma o lÃder da pesquisa Samarendra Mohanty.
A estimulação por optogenética de dois fótons envolve a introdução do gene para ChR2, proteÃna que responde à luz, em uma amostra de células excitáveis. Um feixe luz infravermelho de fibra óptica é então usado para excitar precisamente os neurônios em um circuito de tecido.
No cérebro, os investigadores podem então observar as respostas na área excitada, bem como em outras partes do circuito neural. "Em indivÃduos vivos, os cientistas também podem observar o resultado comportamental", observa Mohanty.
Segundo os pesquisadores, a estimulação optogenética evita danos ao tecido vivo usando a luz para estimular os neurônios, em vez de pulsos elétricos utilizados em pesquisas anteriores.
O método com a luz infravermelha de baixa energia também permite mais precisão e um enfoque mais profundo do que a luz azul ou verde frequentemente utilizada na estimulação optogenética.