O teste do pezinho realizado no Paraná, a partir deste mês, irá diagnosticar mais duas doenças, além das cinco já detectadas no exame. Isso será possível porque o Estado foi um dos quatro do país habilitados no Programa Nacional de Triagem Neonatal, que garante a oferta do diagnóstico e tratamento da Hiperplasia Adrenal Congênita e da Deficiência de Biotinidase.
Além das duas novas doenças, o teste continua a diagnosticar a Fenilcetonúria, Hipotireodismo Congênito, Fibrose Cística, Doença Falciforme e outras Hemoglobinopatias. Todos os tratamentos são oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A inclusão das doenças não mudará o procedimento de coleta de sangue, realizado nos primeiros dias de vida do bebê e que utiliza quatro gotas de sangue do calcanhar da criança. A mudança ocorre no processamento do teste, que no Paraná é feito pela Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional (FEPE), sediada em Curitiba.
Segundo a superintendente de Atenção à Saúde, Márcia Huçulak, o Paraná sempre foi referência na área de triagem neonatal e a nova habilitação contribui para a melhoria do cuidado com os recém-nascidos, conforme preconiza a Rede Mãe Paranaense. "O teste do pezinho permite o diagnóstico precoce dessas doenças, que se não tratadas corretamente podem ocasionar diversas complicações, inclusive levar a morte", destaca.
A partir da detecção de alguma doença, a criança é encaminhada para uma consulta no ambulatório da FEPE, em Curitiba. Também são realizados exames complementares para confirmar a doença. Se o diagnóstico der positivo, o paciente é encaminhado imediatamente para o tratamento na unidade de referência para a sua enfermidade.
De acordo com a habilitação, as crianças diagnosticadas com Hiperplasia Adrenal Congênita e a Deficiência de Biotinidase no Paraná serão tratadas e acompanhadas no Hospital de Clínicas da UFPR, em Curitiba.
Atualmente, a FEPE realiza em média 15 mil testes do pezinho por mês e cobre a demanda de todos os municípios do Estado.