A FAO, organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, sugeriu o consumo de insetos como arma na luta contra a fome no mundo.
De acordo com o relatório da ONU divulgado, nesta segunda-feira (13), gafanhotos, formigas e outros membros do mundo dos insetos, são nutritivos e contém alta porcentagem de proteínas e minerais que trazem benefícios a saúde. Calcula-se que a ingestão de insetos faça parte da dieta tradicional de 2 bilhões de pessoas no mundo inteiro.
Além disso, a FAO afirma que a criação de insetos pode ser uma fonte também de empregos e de renda. "Nesse momento, ela representa mais uma operação caseira, mas tem potencial para atingir escala industrial", garante o diretor da ONU José Graziano da Silva.
Com mais de 1 milhão de espécies catalogadas, os insetos representam mais da metade dos organismos vivos no planeta.
Uma pesquisa feita pela FAO em parceria com a Universidade Wageningen, da Holanda, mostrou que mais de 1,9 mil tipos de insetos são consumidos por homens, mulheres e crianças no mundo.
Os mais consumidos são os besouros, abelhas, formigas, gafanhotos e grilos. "Muitos insetos são ricos na chamada "gordura boa", além de serem ricos em cálcio, zinco e ferro. Nesse caso, um bife, por exemplo, tem 6 mg de ferro em cada 100 gramas. Um único gafanhoto tem até 20 mg de ferro", afirma a diretora da Divisão Florestal da FAO, Eva Muller.