Os moradores do Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, que tiverem dúvidas sobre a hanseníase podem contatar voluntários do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) para receber esclarecimentos. De hoje (7) a quinta-feira (9), a Carretinha da Saúde, um veículo da organização, está estacionada atrás do Colégio Estadual Jornalista Tim Lopes e atenderá das 9h às 15h.
Também participam da campanha médicos voluntários que respondem as perguntas dos moradores e fazem exames para diagnosticar a doença, e atores, que promovem palestras e peças teatrais em escolas da comunidade, com o objetivo de combater o preconceito.
A médica voluntária, Mariana Cardoso, explicou que o principal problema para o tratamento da doença é a demora do diagnóstico. " A hanseníase é uma doença de transmissão rara, é preciso um contato prolongado - de quatro a cinco anos - para o contágio".
Mariana esclareceu que, se diagnosticada precocemente, a doença é totalmente curável. "O grande problema do diagnóstico tardio são as sequelas graves, que causam limitações físicas e mutilações" .
Segundo o Mohran, o Brasil é o primeiro lugar no ranking mundial da prevalência da doença. Em 2011, cerca de 30 mil casos foram identificados em todo o território nacional, principalmente em menores de 15 anos. A hanseníase tem cura e o tratamento é gratuito. Os medicamentos estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) e a duração do tratamento é de seis meses a um ano.