O bioquímico e vencedor do Prêmio Nobel de Medicina de 1974, Christian de Duve, morreu na cidade de Bruxelas, capital da Bélgica, aos 95 anos de idade, no último sábado (4).
De acordo com o comunicado da Université Catholique de Louvain, divulgado nesta segunda-feira (6), um mês antes da morte, ele havia tomado a decisão de acabar com sua vida através da eutanásia e concedeu uma entrevista ao jornal Le Soir para ser publicada quando já não estivesse mais vivo.
Segundo Christian de Duve, seu estado de saúde estava ficando fraco e decidiu planejar, como ele mesmo disse, "meu próprio desaparecimento."
O método da eutanásia não foi divulgado.
O cientista será cremado em uma cerimônia íntima e também será organizada uma homenagem pública in memorian no dia 8 de junho.
Em 1955, De Duve desenvolveu uma técnica de aperfeiçoamento para separar os componentes celulares por centrifugação. Já em 1974, ano em que foi agraciado pelo Prêmio Nobel de Medicina, junto com outros dois pesquisadores Albert Claude e George E. Palad, Christian realizou descobertas sobre a organização estrutural e funcional da célula.
De Duve nasceu em Thames Ditton, no Reino Unido, em 2 de outubro de 1917, filho de pais belgas refugiados no país durante a Primeira Guerra Mundial, que retornaram à Bélgica em 1920, onde se instalaram na Antuérpia.