Pesquisadores do Imperial College London começaram os primeiros testes clÃnicos do Reino Unido com um vÃrus geneticamente modificado para tratar a insuficiência cardÃaca.
A terapia é destinada a aumentar os nÃveis de proteÃna SERCA2a em células do músculo do coração, usando um vÃrus inofensivo para inserir genes extras nas células.
A insuficiência cardÃaca, quando o coração é incapaz de bombear o sangue adequadamente, afeta mais de 750 mil pessoas no Reino Unido, causando falta de ar e dificultando as atividades do dia-a-dia.
Os dois ensaios clÃnicos anunciados hoje marcam o culminar de mais de 20 anos de pesquisas que demonstraram que os nÃveis da proteÃna SERCA2a são mais baixos em pacientes com insuficiência cardÃaca.
Guiados pela descoberta, a equipe modificou geneticamente um vÃrus para que este produza mais quantidade da substância no organismo, muito importante para o bom funcionamento do coração.
O vÃrus alterado será liberado no músculo cardÃaco de 200 pacientes por meio de um tubo inserido na perna que transportará o patógeno pelos vasos sanguÃneos.
"A insuficiência cardÃaca afeta mais de três quartos de um milhão de pessoas em todo o Reino Unido. Uma vez que a insuficiência cardÃaca é iniciada, ela progride em um ciclo vicioso, onde o bombeamento torna-se cada vez mais fraco, já que cada célula do coração simplesmente não pode responder ao aumento da demanda. Nosso objetivo é lutar contra a insuficiência cardÃaca, orientando e revertendo algumas alterações moleculares crÃticas que surgem no coração quando ele falha", explica o investigador principal Alexander Lyon.
Os ensaios são o passo seguinte na pesquisa após estudos laboratoriais concluÃrem que a terapia gênica pode ser utilizada para restabelecer eficazmente a função de falha cardÃaca.