Laudo da Unicamp encontrou resíduos do produto perfluorocarbono no sangue dos pacientes que morreram depois de realizar o exame de ressonância magnética, no Hospital Vera Cruz, em Campinas.
Os três pacientes morreram por embolia pulmonar após realização da ressonância, casos considerados, na época, únicos no mundo por especialistas.
O perfluorocarbono é uma substância tóxica geralmente utilizada no interior de balões para exames no intestino, e que não pode entrar na conrrente sanguínea.
De acordo com os resultados apresentados agora, uma enfermeira confundiu os frascos, que não tinham identificação, e injetou a substância nos pacientes no lugar do "contraste."
Com a comprovação, a polícia está investigando a responsabilidade de outros funcionários no armazenamento dos produtos.
Na época da mortes, o secretário de Saúde de Campinas, Cármino de Souza, afirmou que o hemograma dos três pacientes reforçava a relação da causa das mortes com intoxicação química. "O exame apontou expressiva redução do número de plaquetas, componente fundamental no processo de coagulação, e hemólise," afirmou.