A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) lançou nesta quinta (25) a campanha " Eu sou 12 por 8" para marcar o Dia Internacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, que se comemora na sexta (26). No Aeroporto Internacional Presidente Juscelino Kubitschek, em Brasília, funcionários, taxistas e visitantes poderão medir a pressão arterial e receber orientação sobre prevenção e cuidados com doença. Até às 20h, o atendimento será feito por profissionais do Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF) em três postos montados no aeroporto.
Segundo o coordenador da campanha, Marcus Bolivar, a hipertensão é a principal causa de infarto, derrame cerebral e insuficiência renal, além de ser responsável por 50% das mortes no Brasil. " Escolhemos a hipertensão como foco principal, porque na maioria das vezes a doença é assintomática, o que leva o indivíduo a não procurar tratamento" .
Bolívar lembrou que há outros fatores de risco para a hipertensão como o tabagismo e os níveis altos de colesterol e glicose. Anualmente, são registrados no país 320 mil óbitos decorrentes de doenças cardiovasculares. O número é duas vezes maior que o das mortes por câncer, três vezes superior ao das mortes associadas a acidentes e à violência e seis vezes superior às resultantes de qualquer tipo de infecção, incluindo a Aids.
Marcus Bolívar informou que estudos recentes mostram que a hipertensão também causa impotência sexual. " Nesse caso os hipertensos não querem tomar remédio para tratar da doença com medo de ficar impotentes, mas o que causa a impotência sexual é a hipertensão". Segundo ele, outros problemas decorrentes da hipertensão são alguns tipos de demência e perda de memória. É a chamada demência vascular, que pode ser evitada com tratamentos.
O coordenador destacou que a prevenção da doença deve começar ainda na infância. "Apesar de 5% das crianças e adolescentes apresentarem o problema de maneira secundária, há um alerta para que se meça a pressão arterial das crianças nas consultas de rotina. A possibilidade de a criança apresentar o problema com a mesma intensidade de um adulto não deve ser descartada".