Equipe de pesquisadores da Universidade de Lund, na Suécia, conseguiu rejuvenescer o sangue de camundongos mais velhos, reprogramando as células-tronco que produzem sangue.
As células-tronco formam a origem de todas as células do corpo e podem se dividir um número ilimitado de vezes. Quando as células-tronco se dividem, uma célula permanece célula-tronco e a outra amadurece no tipo de célula necessária para o corpo.
"Nosso processo de envelhecimento é uma consequência de alterações nas células-tronco ao longo do tempo. Algumas das alterações são irreversíveis, por exemplo, danos ao DNA das células-tronco, e algumas podem ser mudanças graduais, conhecidas como alterações epigenéticas, que não são necessariamente irreversíveis, mesmo se são mantidas através de divisões celulares múltiplas. Quando as células-tronco são reprogramadas, como temos feito, as mudanças epigenéticas são canceladas", explica o autor do artigo Martin Wahlestedt.
A composição do sangue é um exemplo de como ele envelhece. O sangue de um jovem contém uma mistura determinada de linfócitos B e T e células mieloides. "Em pessoas mais velhas, o número de linfócitos B e T diminui, enquanto aumenta o número de células mieloides", observa Wahlestedt.
Mesmo que a composição do sangue em ratos jovens e velhos seja bastante similar à de pessoas jovens e idosas, Martin Wahlestedt ressalta que a ciência está apenas na fase de pesquisa básica, longe de um tratamento funcional.
Segundo os pesquisadores, os resultados indicam que pode não ser principalmente os danos ao DNA que fazem com que o sangue envelheça, mas sim as alterações epigenéticas reversíveis.