Alguns tipos de depilação pubiana, muito usados por mulheres brasileiras, levam a um maior risco de transmissão de Doenças Sexualmente TransmissÃveis (DSTs), sugere estudo publicado na revista Sexually Transmitted Infections.
O levantamento foi realizado entre janeiro de 2011 e março de 2012 em uma clÃnica privada de pele em Nice, na França. Entre os 30 casos de mulheres infectadas pelo vÃrus Molluscum contagiosum (molusco contagioso), 93% tiveram seus pêlos pubianos removidos. Deste total, 70% raspados com gilete, 13% cortados e 10% retirados com uso de cera.
Sinais de infecção (pápulas peroladas) haviam se espalhado até o abdômen em quatro casos e para as coxas em um. Em 10 casos, houve outras condições de pele associadas, incluindo pelos encravados, verrugas, foliculite (Infecção bacteriana da pele), cistos e cicatrizes.
As conclusões preliminares do estudo mostram que o molusco, que já tem grande facilidade de se espalhar, aproveita os micro traumas causados pela remoção do pelo.
Opção pela depilação
Outro objetivo da pesquisa foi conhecer as principais razões para a opção pela depilação genital. Os dados mostram que entre os principais motivos estão a exposição na Internet, o aumento do prazer sexual, o desejo inconsciente de simular um condição infantil, ou de se distanciar de nossa natureza animal", afirmaram os cientistas.
"Historicamente, pelos pubianos costumava ser removido por razões religiosas ou culturais, mas nas últimas décadas tornou-se moda para cortá-la fora, com os homens também cada vez mais seguindo a tendência," completam os autores do estudo.