Cientistas do King's College Hospital, no Reino Unido, testaram, pela primeira vez, um dispositivo capaz de manter um fÃgado humano doado funcionando fora do corpo humano.
Até agora, o procedimento foi realizado em dois pacientes na lista de espera de transplante de fÃgado e ambos estão tendo uma recuperação excelente.
Os transplantes atuais dependem da preservação de órgãos doados colocando-os "no gelo", a fim de retardar seu metabolismo. Mas isso muitas vezes danifica os órgãos.
A nova tecnologia, desenvolvida na Universidade de Oxford, pode preservar um fÃgado funcionando fora do corpo por 24 horas. Um fÃgado humano doado ligado ao dispositivo tem sua temperatura aumentada para a temperatura corporal e células vermelhas do sangue oxigenadas são circuladas através de seus capilares. Uma vez na máquina, um fÃgado funciona normalmente como faria dentro de um corpo humano, recuperando a sua cor e produzindo bile.
Os resultados dos dois primeiros transplantes, realizados em fevereiro de 2013, sugere que o dispositivo pode ser útil para todos os pacientes que necessitam de transplantes de fÃgado.
Com base em dados pré-clÃnicos, o novo dispositivo também poderia permitir a preservação de fÃgados que seriam descartados como impróprios para o transplante, duplicando o número de órgãos disponÃveis para transplante e prolongando o perÃodo máximo de preservação do órgão para até 24 horas.
"Estes primeiros casos clÃnicos confirmam que podemos preservar fÃgados humanos fora do corpo, mantê-los vivos e em funcionamento em nossa máquina e, em seguida, horas depois, com sucesso, transplantá-los para um paciente", afirma o professor Constantin Coussios.