Pesquisadores da Penn State, nos EUA, desenvolveram um dispositivo capaz de analisar opticamente várias substâncias simultaneamente.
A nova ferramenta tem potencial para levar a diagnósticos mais rápidos e eficientes de doenças.
Atualmente, as tecnologias ópticas de detecção de corrente lançam e guiam uma onda luminosa única, denominada surface-plasmon-polariton wave, ou onda SPP, que se desloca ao longo da amostra a ser analisada e de uma pelÃcula de metal.
A onda SPP é iniciada através do envio de um feixe de luz por um prisma para a outra face da pelÃcula de metal. Um detector de fótons recolhe o feixe que se refletiu de volta para o prisma. Qualquer alteração nas propriedades ópticas da amostra altera o feixe refletido.
O detector registra esta alteração, que os analistas podem usar como uma impressão digital óptica para ajudá-los a identificar as mudanças na composição quÃmica da amostra.
No entanto, como a tecnologia permite que apenas uma onda SPP de certa frequência seja guiada através do dispositivo, as propriedades de apenas uma substância podem ser analisadas por cada sensor. "Esta é uma tecnologia muito eficaz e que está sendo utilizada em muitas indústrias, como a farmacêutica. Mas permitir apenas uma onda SPP por sensor é uma desvantagem", observa a pesquisadora Akhlesh Lakhtakia.
Os pesquisadores projetaram agora uma fina pelÃcula que pode criar canais adicionais para as ondas SPP. Esta fina pelÃcula, que está ligada à superfÃcie do metal, é porosa e pode ser infiltrada por um fluido que pode ser posteriormente analisado.
Segundo os pesquisadores, a técnica permitiu gravar várias ondas SPP através de uma amostra contendo água, uma contendo água e sacarose e uma amostra de controle.
Lakhtakia afirma que a equipe realizou uma série de testes de sensibilidade no sistema e descobriu que o método é quase tão confiável e tão preciso quanto a tecnologia padrão na detecção e análise de substâncias. "Isso nos dá esperança de que teremos um bom sistema para trabalhar e que pode até aumentar a confiabilidade e a precisão", conclui Lakhtakia.