O DNA de tumores da mama circulante na corrente sanguÃnea pode ser usado para medir o quão bem a doença está respondendo ao tratamento, de acordo com pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.
A equipe de pesquisa recolheu amostras de sangue regulares de 30 mulheres com câncer de mama avançado que tinha se espalhado.
Eles usaram três biomarcadores, DNA tumoral circulante; nÃveis de uma proteÃna chamada antÃgeno do câncer 15-3 (CA 15-3); e células de flutuação livre do tumor, que pode o avanço da doença.
Os pesquisadores compararam estes resultados com dados de tomografia computadorizada para ver se as mudanças nos biomarcadores eram relativas a mudanças no câncer.
Eles descobriram que, dos três biomarcadores, o DNA tumoral circulante no sangue das mulheres deu a imagem em "tempo real" mais exata das mudanças que ocorrem no corpo.
"Este estudo oferece uma aplicação prática da genômica do câncer e destaca o potencial da medicina personalizada. Ao compreender o ponto em que um câncer muda podemos selecionar os tratamentos mais eficazes e minimizar os efeitos colaterais para os pacientes. Nós podemos usar amostras de sangue para controlar a forma como o câncer de mama está progredindo conforme fragmentos de DNA são derramados pelas células de câncer quando morrem, o que significa que podem ser detectados em amostras de sangue. Os nÃveis de DNA do tumor estão nos dizendo como o câncer está respondendo ao tratamento", afirma o coautor da pesquisa Carlos Caldas, do Cancer Research UK Cambridge Institute.
Segundo os pesquisadores, este trabalho representa um passo importante no estabelecimento de DNA tumoral circulante como um biomarcador chave para monitorar pacientes com câncer avançado de mama.