Pesquisadores do Intermountain Medical Center, nos EUA, descobriram que o comprimento de um filamento do DNA pode prever a expectativa de vida de pacientes com doença cardÃaca.
Estudo mostrou que é possÃvel prever as taxas de sobrevivência entre os pacientes com doença cardÃaca com base no comprimento de uma cápsula protetora do DNA encontrada na extremidade dos cromossomos conhecida como telômeros.
Segundo os pesquisadores, quanto mais longo o telômero, maior a chance de viver por mais tempo. A equipe sugere ainda que os telômeros poderiam ser usados no futuro como uma forma de medir a eficácia do tratamento cardÃaco
Pesquisas anteriores demostraram que o comprimento dos telômeros pode ser utilizado como uma medida da idade, mas estas descobertas sugerem que a expansão do comprimento dos telômeros podem igualmente prever a expectativa de vida de pacientes com doença do coração.
Telômeros protegem as extremidades do cromossomo de estragar. Conforme as pessoas envelhecem, seus telômeros ficam mais curtos até que a célula não é mais capaz de se dividir. Telômeros encurtados estão associados com doenças relacionadas à idade, tais como doença cardÃaca ou câncer, bem como a exposição ao dano oxidativo causado por estresse, tabagismo, poluição do ar, ou condições que aceleram o envelhecimento biológico.
O pesquisador John Carlquist e seus colegas analisaram o DNA de mais de 3.500 pacientes que sofreram ataque cardÃaco ou acidente vascular cerebral (AVC).
Eles se basearam em um recurso exclusivo que permite estudar os efeitos do comprimento dos telômeros e as taxas de sobrevivência de pacientes cardÃacos. Um arquivo de amostras de DNA do sangue periférico coletadas de quase 30 mil pacientes cardÃacos, com até 20 anos de acompanhamento clÃnico e dados de sobrevivência. "Com tantas amostras e registros eletrônicos completos, é um recurso único. É inigualável no mundo, e permite medir a taxa de variação do comprimento dos telômeros de um paciente ao longo do tempo, em vez de apenas um instante no tempo, o que é tÃpico para a maioria dos estudos", observa Carlquist.
A equipe acredita que o comprimento dos telômeros poderia ser usado no futuro como uma forma de medir a eficácia do tratamento cardÃaco. "Nós já pode testar o colesterol e a pressão sanguÃnea de um paciente para ver como o tratamento está funcionando, mas isso pode nos dar uma visão mais profunda sobre a forma como o tratamento afeta o corpo e se está ou não funcionando", conclui Carlquist.