Cientistas da University of Delaware, nos Estados Unidos, descobriram uma nova droga que tem potencial para combater uma forma agressiva e rara do câncer de mama.
Resultados de um pequeno estudo piloto mostraram que tumores do câncer de mama inflamatório (IBC) em ratos, que crescem a quatro vezes o seu tamanho original em um perÃodo de 10 dias se não tratados, mantiveram-se estáveis em tamanho quando tratados com a droga.
Segundo os pesquisadores, quando uma pequena quantidade de um medicamento quimioterápico tradicional foi combinada com a nova droga, o número de células de tumor foi reduzido pela metade.
A droga foi desenvolvida por uma empresa farmacêutica no Texas para tratar câncer gastrointestinal. Os pesquisadores perceberam que a droga foi projetada para atacar os tumores da mesma maneira que seria eficaz contra o câncer de mama inflamatório. Especificamente, a nova droga tem como alvo o receptor do fator de crescimento derivado de plaquetas.
IBC é relativamente rara, usa um caminho diferente para se espalhar pelo corpo e é muito mais mortal do que a forma comum de câncer de mama. Receptores das formas tÃpicas da doença estão do lado de fora da célula, mas em IBC eles estão no interior, tornando-os mais difÃceis de serem atingidos pelo tratamento.
Em estudos com ratos, Kenneth L. van Golen e seus colegas demonstraram que a droga parece aumentar significativamente a eficácia da quimioterapia habitual. "Este efeito composto pode significar que os pacientes com IBC possam passar por uma quimioterapia menos extensa, com menos efeitos colaterais, do que nos dias de hoje", afirma Van Golen.
Além de investigar a interação da droga com medicamentos de quimioterapia, a equipe pretende estudar se ela poderia aumentar também os efeitos do tratamento com radiação.