Com mais uma vítima fatal em 2013, depois de causar 10 mortes em 2012, a coqueluche preocupa a secretaria de Saúde do estado do Espírito Santo. Contabilizando 950 casos confirmados em 2012, a maioria no final do ano, e outros 32 em janeiro deste ano, a doença já é classificada como uma epidemia.
Comum em crianças, quando se manifesta de modo mais grave, a doença é negligenciada por adultos, dificultando o seu controle. A secretaria de saúde alerta para a necessidade de redobrar a atenção quanto aos sintomas: crianças, jovens, adultos ou idosos que apresentarem tosse seca persistente, surtos de tosse, vômitos pós-tosse e febre baixa devem procurar imediatamente atendimento médico para quebrar a cadeia de transmissão.
Prevenida por meio de vacinação ofertada pelo SUS, após cinco doses dadas até os seis anos de idade a criança terá uma imunidade parcial por volta de 80% que dura de cinco a dez anos, portanto, mesmo aqueles que passaram por vacinação completa podem adquirir a doença. No estado, a maioria dos pacientes acometidos são os que não receberam todas as doses ou não estavam em idade indicada para recebê-la.
Desde que observou aumento nas notificações da doença, a secretaria de Saúde iniciou uma série de ações de alerta e capacitação. Foi oferecido treinamento aos municípios na realização do exame laboratorial (coleta de swab).
Além disso, a secretaria entrou em contato com as vigilâncias epidemiológicas dos 78 municípios capixabas para esclarecer sobre a coqueluche, encaminhando notas técnicas também para o Conselho Regional de Medicina (CRM) e Conselho Regional de Enfermagem (Coren), bem como para diversas sociedades médicas.