Cientistas da École Polytechnique Fédérale de Lausanne, na Suíça, desenvolveram eletrodos ultra-flexíveis em miniatura que podem melhorar a aplicação da estimulação cerebral profunda para o tratamento de pessoas com Parkinson.
A estimulação cerebral profunda, que consiste em estimular eletricamente o sistema nervoso central ou periférico, é atualmente uma prática comum para o tratamento da doença, no entanto, pode envolver cirurgias longas e caras com efeitos colaterais dramáticos. O novo eletrodo pode ser a resposta para um tratamento mais eficaz para este e uma série de outros problemas de saúde.
O projeto, liderado por Philippe Renaud, já iniciou seus ensaios clínicos e mostrou resultados precoces, mas promissores, em pacientes.
Segundo Renaud, a tecnologia por trás da nova interface tem imenso potencial para melhorar a estimulação cerebral e o tratamento de doenças, podendo levar ainda a implantes auditivos futuros capazes de restaurar a audição. "Apesar de estimulação cerebral profunda ter sido usado nas duas últimas décadas, vemos pouco progresso em seus resultados clínicos. Microeletrodos têm o potencial de abrir novos caminhos terapêuticos, com maior eficácia e menos efeitos colaterais por meio de um controle muito melhor e mais fino das zonas de ativação elétrica", observa.
O projeto vai ser apresentado na 2013 Annual Meeting of the American Association for the Advancement of Science.