Cientistas do Johns Hopkins Kimmel Cancer Center, nos EUA, desenvolveram uma forma de personalizar a seleção de drogas de quimioterapia para pacientes com câncer, usando linhagens de células criadas a partir dos próprios tumores.
Se a técnica for bem sucedida em outros estudos ela poderia substituir testes de laboratório usados atualmente para otimizar a seleção de medicamentos que são limitados e lentos.
Oncologistas tipicamente escolhem a quimioterapia com base na localização dos órgãos afetados e / ou a aparência e a atividade das células cancerosas quando visto sob um microscópio. Algumas companhias oferecem testes comerciais a partir de tumores removidos cirurgicamente utilizando um pequeno número de fármacos anticancerígenos.
Agora, a equipe liderada por Anirban Maitra, criou linhagens celulares que representam com mais precisão os tumores, e podem ser testadas contra qualquer biblioteca de drogas no mundo para verificar a ação sobre o câncer.
Eles desenvolveram as linhagens injetando células tumorais humanas do pâncreas e do ovário em ratos geneticamente modificados para favorecer o crescimento do tumor. Uma vez que os tumores cresceram até um centímetro de diâmetro nos ratos, os cientistas transferiram os tumores para frascos de cultura para estudos adicionais e ensaios com medicamentos anticâncer.
Em um experimento, eles conseguiram identificar com êxito dois fármacos anticâncer entre os mais de 3 mil testados, que eram os mais eficazes para matar as células em uma das linhagens celulares do câncer pancreático.
"Nossa técnica nos permite produzir linhagens de células onde elas não existem hoje, onde as linhagens são mais necessárias ou quando há um paciente particularmente raro ou biologicamente distinto", afirma o pesquisador James Eshleman.