Leite materno reduz o risco de sepse em crianças com baixo peso ao nascer, de acordo com pesquisadores do Rush University Medical Center, nos EUA.
O estudo revela que cada 10 mililitros de leite humano por quilo que um bebê de muito baixo peso recebe durante os primeiros 28 dias de vida diminuÃram as chances de sepse em 20%.
A pesquisa, conduzida por Aloka L. Patel, é a primeira a relacionar o aleitamento entre os dias 1 e 28 de vida e o risco de infecção.
A equipe recrutou 175 bebês com muito baixo peso ao nascer. Desses, 23 (13%) desenvolveram septicemia de bactérias gram-positivas tais como estafilococos, estreptococos e espécies de Enterococcus, e bactérias gram-negativas tais como Escherichia coli (E. coli), bem como espécies de Klebsiella, Enterobacter, Pseudomonas e Serratia.
A sepse tardia comumente ocorre em cerca de 22% de bebês com muito baixo peso ao nascer nos Estados Unidos. Além de predispor os bebês a outras doenças e desenvolvimento neurológico atrasado, a sepse aumenta significativamente os custos da UTIN devido ao aumento do uso de ventilação e estadias mais longas.
A infecção grave também se traduz em maiores custos sociais e educacionais para os sobreviventes neurologicamente afetados.
Patel e seus co-pesquisadores estão realizando mais pesquisas para investigar a relação entre o leite e seu efeito protetor contra sepse.