Registros eletrônicos de saúde podem ajudar a identificar quais os pacientes mais precisam dos recursos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), de acordo com pesquisadores da Universidade de Michigan, nos EUA.
Os resultados revelam que as tecnologias de saúde emergentes, incluindo métodos eletrônicos mais confiáveis para classificar a gravidade do estado de um paciente, podem fornecer ferramentas poderosas para o uso eficiente de recursos de saúde.
A escassez nacional de médicos intensivistas e de leitos significa decisões mais difÃceis para profissionais de saúde: como determinar quais os pacientes mais necessitam de acesso à UTI.
Agora, os pesquisadores sugerem que prontuários eletrônicos de saúde poderiam ajudar um médico a determinar a internação na UTI por meio do cálculo confiável do risco de morte do paciente.
"A falta de leitos de cuidados intensivos pode ser frustrante e assustador quando você tem um paciente que você acha que se beneficiaria de cuidados intensivos, mas que não podem ser acomodados rapidamente. Registros eletrônicos de saúde, que nos proporcionam dados clÃnicos confiáveis de risco, são ferramentas inexploradas que podem nos ajudar a usar de forma mais eficiente os recursos de cuidados intensivos", afirma a autora Lena M. Chen.
Segundo os pesquisadores, a gravidade da doença dos pacientes nem sempre é fortemente associada com a sua probabilidade de ser internado na UTI, desafiando a noção de que cuidados intensivos limitados e caros são reservados para os pacientes mais graves.
Alguns sistemas integrados de cuidados de saúde já mostrou que registros eletrônicos de saúde são capazes de gerar estimativas confiáveis do risco de morte 30 dias após a internação para cada paciente no momento da admissão. Este tipo de dado pode determinar, por exemplo, se um paciente tem 3 ou 80% de chance de morrer no próximo mês. Cálculos são baseados em resultados laboratoriais em tempo real, dados demográficos, condições coexistentes e sinais vitais. Autores observam que esta tecnologia existente pode ser usada para ajudar a avaliar as internações em UTI.
"Nós não estamos sugerindo que os cálculos devem ser usados sozinhos na tomada destas decisões, mas é outra ferramenta que pode, com mais pesquisas, eventualmente ajudar os médicos a tomar decisões difÃceis de triagem. Ele pode, potencialmente, ajudar a lidar com a nossa falta de cuidados intensivos também", conclui Chen.