A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, afirmou que o desejo para aliviar a miséria humana é grande, mas é neutralizado pelos poucos recursos, pouca capacidade e muita ajuda desordenada.
A declaração de Chan foi feita, nesta segunda-feira (21), aos membros da diretoria executiva da OMS, em Genebra.
Ela disse que entre os desafios da organização estão, o envelhecimento e o aumento de peso da população, a alta dos casos de doenças crônicas não transmissíveis e a mudança climática.
Chan declarou que a expectativa pública em relação ao sistema de saúde está aumentando e o orçamento diminuindo. Segundo a diretora-geral, os custos dispararam no momento de uma austeridade global.
A chefe da OMS disse que as desigualdades sociais estão quase no pior nível já visto nos últimos 50 anos.
Apesar disso, Chan diz que a cooperação internacional, no setor de saúde, está avançando. Ela cita o progresso, por exemplo, na pesquisa e no desenvolvimento de novos medicamentos levados mais pela necessidade do que pelo lucro.
A diretora da OMS lembrou que em dezembro, a campanha de vacinação contra a meningite na África atingiu a marca de 100 milhões de pessoas inoculadas num prazo de dois anos.
Os casos da doença nos 10 países em que a campanha foi feita caíram de forma significativa. Os últimos dados da OMS mostram que a epidemia de meningite na África pode chegar ao fim.
Chan falou também sobre avanços no combate a outras doenças, como a tuberculose, a poliomielite, a Aids e as doenças tropicais negligenciadas.
Relatório da ONU sobre medidas para salvar vidas de mulheres e crianças identificou 13 prioridades que se forem utilizadas, podem salvar mais de 6 milhões de vidas até 2015.
Falando sobre a reforma da OMS, Chan disse que algumas medidas já foram implementadas.
A diretora afirmou que a organização reduziu em quase mil o número de funcionários e realizou cortes em despesas de viagens e controles financeiros que geraram uma economia de mais de US$ 28 milhões, o equivalente a R$ 56 milhões.