Por meio de pequenas lentes líquidas que se reúnem em torno de objetos microscópicos, pesquisadores da UCLA, nos EUA, criaram um novo método de microscopia óptica que permite visualizar vírus em nanoescala, mais de 1 mil vezes menor que a largura de um cabelo humano.
Juntamente com técnicas de computação, a plataforma portátil e de baixo custo pode detectar vírus individuais e nanopartículas, tornando-se potencialmente útil no diagnóstico de doenças em áreas onde os recursos médicos são limitados.
A pesquisa foi publicada na revista Nature Photonics.
Microscopia eletrônica é um dos padrões atuais para a visualização de objetos em nanoescala. Esta tecnologia utiliza um feixe de elétrons para delinear a forma e a estrutura dos objetos analisados. Outras técnicas de imagem baseadas em óptica também são usadas, mas todas elas são relativamente volumosas e necessitam de tempo para a preparação e análise de amostras, além de ter um campo de visão limitado, o que pode impedir a visualização de partículas em uma população escassa, como vírus em baixas concentrações.
Para superar esses problemas, a equipe conduzida por Aydogan Ozcan desenvolveu uma nova plataforma de microscopia ótica usando lentes em nanoescala que aderem aos objetos que precisam ser fotografados.
"Este trabalho demonstra uma técnica de alto rendimento e custo-eficaz para detectar vírus em áreas de amostra muito grandes. Ela é ativada por uma combinação única de química de superfície e de imagem computacional", explica Ozcan.
Os pesquisadores usaram a nova técnica para criar imagens de nanopartículas de poliestireno individuais, bem partículas virais de adenovírus e influenza H1N1.
Embora a técnica não ofereça a alta resolução da microscopia eletrônica, ela tem um campo de visão muito maior e pode ser útil para detectar objetos em nanoescala em amostras.