O presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, Eduardo Vaz, está alertando pais e responsáveis por crianças do primeiro ano de vida sobre os perigos que o andador, equipamento que serve de apoio para crianças que ainda não começaram a andar, representa para elas. O médico destaca que a falta de segurança é tão grave, que os andadores deveriam ser proibidos por lei e retirados do mercado brasileiro.
" Todo pediatra sabe perfeitamente que o andador é um equipamento que só traz prejuízos, seja pela sua absoluta inutilidade no processo de aquisição da marcha, mas sobretudo pelos grandes riscos à segurança ,que incluem não só os riscos de traumatismos cranianos potencialmente letais, mas também de queimaduras, intoxicações e até afogamentos" , diz.
Segundo Vaz, em vista dos riscos consideráveis e da total falta de evidências de qualquer benefício associados aos andadores, muitas entidades voltadas para a atenção à saúde da criança têm recomendado a proibição da sua produção e venda. Informações mais detalhadas podem ser obtidas nos relatórios da Academia Americana de Pediatria e na declaração conjunta da European Child Safety Alliance e da ANEC." Entretanto, até o momento, o Canadá foi o único país a estabelecer a proibição da venda e utilização de andadores, com multa prevista para os infratores" , informa o especialista.
A Sociedade Brasileira de Pediatria, por meio do seu Departamento Científico de Segurança, está abrindo uma campanha pela proibição da venda de andadores no Brasil, mas considerando os entraves legislativos e interesses econômicos, como ação imediata, está orientando os profissionais da área a atuarem em suas comunidades, orientando os pacientes sobre os riscos dos andadores e por que eles devem ser banidos.