Uma pesquisa realizada pela organização internacional Médicos Sem Fronteiras, sobre nutrição e mortalidade, revelam taxas críticas entre os refugiados no campo de Mbera, na Mauritânia, noroeste da África. Cerca de uma em cada cinco crianças, ou 17% do total, estão desnutridas e 4,6% estão sofrendo das mais severas formas de desnutrição e correm o risco de morrer.
Karl Nawezi, coordenador geral das atividades de MSF na Mauritânia, afirma que a taxa e mortalidade entre crianças com menos de dois anos está acima dos patamares de emergência chegando a superar em duas a três vezes a taxa de quaisquer outras localidades na Mauritânia.
Um ano após o início da crise política no Mali, inseguranças causadas pelo golpe militar, pela rebelião tuaregue e pela presença de grupos islâmicos armados no norte levaram centenas de milhares de pessoas a se deslocarem. Cerca de 55 mil refugiados ainda vivem em condições difíceis na região.
Karl Nawezi, coordenador geral das atividades de MSF na Mauritânia, afirma que a taxa e mortalidade entre crianças com menos de dois anos está acima dos patamares de emergência chegando a superar em duas a três vezes a taxa de quaisquer outras localidades na Mauritânia.
Segundo Nawezi, as pessoas, em sua maioria crianças, estão morrendo de malária, infecções respiratórias ou diarreia. " Além disso, apenas 70% das crianças com menos de cinco anos foram vacinadas contra o sarampo. Mas as crianças com menos de cinco anos são as mais vulneráveis; frequentemente, se veem presas em um círculo vicioso no qual desnutrição e sarampo desgastam à exaustão seus já enfraquecidos sistemas imunológicos e há complicações médicas, como pneumonia e diarreia" , conta.