Cientistas da Mayo Clinic, nos EUA, descobriram que testar uma parte da glândula salivar de uma pessoa pode ser uma maneira eficaz de diagnosticar o Parkinson.
"Não há atualmente nenhum teste de diagnóstico para a doença de Parkinson. Mostramos anteriormente na autópsia de pacientes com Parkinson que proteínas anormais associadas com a doença são encontradas nas glândulas salivares submandibulares, localizadas sob a mandíbula inferior. Este é o primeiro estudo que demonstra o valor de teste de uma porção da glândula salivar para o diagnóstico de uma pessoa que vive com Parkinson. Fazer um diagnóstico em pacientes vivos é um grande passo adiante em nosso esforço para compreender e tratar melhor os doentes", afirma o autor do estudo Charles Adler.
O estudo envolveu 15 pessoas com uma idade média de 68 anos que tinham doença de Parkinson por um período médio de 12 anos.
Biópsias foram retiradas de duas glândulas salivares diferentes: a glândula submandibular e glândulas salivares menores no lábio inferior. A equipe cirúrgica foi liderada por Michael Hinni e os tecidos foram testados para a presença de proteína do Parkinson anormal.
"Este procedimento irá fornecer um diagnóstico muito mais preciso da doença de Parkinson do que o que já está disponível. Um dos maiores impactos potenciais desta descoberta é nos ensaios clínicos, já que, no presente, alguns pacientes submetidos a ensaios clínicos de Parkinson não têm a doença e este é um grande obstáculo para testar novas terapias", afirmam os autores.
A proteína de Parkinson anormal foi detectada em nove dos 11 pacientes que tinham tecido suficiente para o estudo.
"A pesquisa fornece a primeira evidência direta para o uso de biópsias da glândula submandibular como um teste de diagnóstico para pacientes com doença de Parkinson", conclui o coautor Thomas Beach.