Com a utilização de novos meios para medir as forças no interior da boca através de sensores eletrônicos e diagnosticar problemas bucais, o estudo que avalia a força sofrida pelo dente incisivo através do lábio e da língua foi premiado na categoria Motricidade Orofacial, do 2º Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia.
O estudo envolveu estudantes e professores de Fonoaudiologia da Faculdade de Medicina da UFMG e mais 28 voluntários, sendo 18 mulheres e vinte homens, entre 19 e 31 anos, com e sem má oclusão dentária.
A tecnologia propõe novos meios para medir as forças no interior da boca com o uso de sensores eletrônicos colados nos dentes. Nesta medição, importante para diagnosticar problemas bucais, a prática mais comum é perguntar ao paciente como ele sente o contato da língua e dos lábios com a arcada dentária, o que pode tornar o resultado impreciso.
Durante os exames, foram medidas as forças média e máxima no interior da boca nos momentos de deglutição e na posição habitual (repouso), bem como o tempo de duração do contato da língua com os dentes no ato engolir a saliva, o que permitiu notar a diferença das forças em cada situação. " O uso desta tecnologia nos forneceu informações mais detalhadas para cada momento, contribuindo de maneira importante para a avaliação clínica" disse Amanda Valetim, uma das autoras do estudo.
Segundo Amanda, os métodos objetivos para a medição das forças aplicadas sobre os dentes permitiriam uma maior confiabilidade diagnóstica para fonoaudiólogos e ortodontistas. " A partir de resultados mais precisos é mais fácil acertar no diagnóstico e indicar a melhor medida terapêutica" , completou.
Com informações da UFMG