Cresceu de 60% para 95% em um ano o aproveitamento das consultas especializadas no Rio Grande do Sul, devido à implantação da Central Estadual de Regulação Ambulatorial, da Secretaria Estadual de Saúde (SES).
Esse crescimento significa que mais de 3,5 mil consultas, em média, que estavam disponíveis e não eram aproveitadas mensalmente, agora estão sendo marcadas. Isso graças à mudança do processo de marcação de consulta adotado pela Central.
Segundo a coordenadora da Central, Scheila Lima, a mudança consiste em um mecanismo que permite que consultas não utilizadas por alguns municípios sejam aproveitadas por outros. "Antes, se o município não marcava todas as consultas disponíveis dentro da sua cota em uma determinada especialidade, essa oferta não era aproveitada e as vagas ficavam ociosas", diz.
Agora, os municípios passaram a ter um prazo para a marcação de suas consultas. Após o término, a oferta não utilizada é redistribuída para atender solicitações não atendidas de outros municípios e, assim, aumentar a ocupação das vagas.
A mudança inclui também a observação dos casos mais graves, que passam a ter prioridade. Além do regramento para a divisão das cotas dos municípios, as solicitações de marcação de consulta também são avaliadas segundo o critério técnico. Os municípios preenchem o cadastro do paciente com informações clínicas, histórico e outros dados que contribuem para a avaliação sobre a sua urgência. Os casos mais graves, identificados como prioritários, entram em uma reserva técnica regulada pela Central.