Todos os 5.565 municípios brasileiros receberão os recursos adicionais do Ministério da Saúde para intensificar as medidas de vigilância, prevenção e controle da dengue, num total de do R$ 173,2 milhões . Os recursos são destinados à qualificação das ações de combate ao mosquito transmissor da doença Aedes aegypti, o que inclui o aprimoramento dos planos de contingência. No verão passado o Ministério repassou R$ 92 milhões para 1.180 municípios.
Em contrapartida, os municípios precisam cumprir algumas metas, como disponibilizar quantitativo adequado de agentes de controle de endemias, garantir cobertura das visitas domiciliares pelos agentes e adotar mecanismos para a melhoria do trabalho de campo. Devem ainda realizar o LIRAa (Levantamento Rápido de Infestação por Aedes Aegypti) com ampla divulgação nos veículos de comunicação locais; enotificar os casos graves suspeitos de dengue, entre outras ações.
Mais de 190 milhões de pessoas serão beneficiadas com as medidas de controle e prevenção da dengue. O adicional representa um subsídio de 20% do valor anual do Piso Fixo de Vigilância e Promoção da Saúde e será repassado em parcela única.
O Brasil registrou 77% de redução nos casos graves de dengue no período comparativo entre janeiro a dezembro 2010 e janeiro a dezembro de 2012. No ano passado, até 22 de dezembro, foram registrados 3.965 casos graves em todo o país, contra 17.475 no mesmo período de 2010.
Redução de casos e mortes
O estado que apresentou maior redução de casos graves, neste período de dois anos, foi Roraima, com queda de 99%, seguido por São Paulo (97%), Rondônia (96%), Acre e Minas Gerais (95%) e Mato Grosso do Sul e Amazonas (94%). Em números absolutos, o estado de São Paulo foi o que contabilizou a maior redução de casos graves - 82 casos de janeiro a dezembro de 2012, contra 2.905 no mesmo período de 2010. A redução foi seguida pelo estado do Rio de Janeiro, com 885 casos graves, em 2012, contra 2.563 em 2010.
Seguindo a mesma tendência, o número de mortes por dengue, no Brasil, também apresentou queda, de 57% em comparação com 2010. De janeiro até 22 de dezembro de 2012 foram confirmados 283 óbitos, sendo que no mesmo período de 2010 foram 656.
Se a comparação for feita com 2011, quando ocorreram 484 mortes, o percentual de queda é de 42%. Destaque também para os estados do Amapá, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e o Distrito Federal que não apresentaram nenhuma morte.