Salvar vidas. Esta é a principal missão do Método Canguru (MC) implantado em Sergipe desde 2004. Inicialmente desenvolvido na Maternidade Hildete Falcão Batista (MHFB), hoje o trabalho tem segmento na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), em Aracaju, onde somente em 2012, 1.016 crianças foram atendidas.
"Esse número corresponde à soma dos pacientes que receberam alta pós internação na Ala Verde e, mesmo assim, ainda precisam retornar à maternidade para serem acompanhados pelos especialistas até completar o peso de 2 kg", explicou o coordenador do Método, o neonatologista Alex Santana.
Segundo informou a Secretaria Estadual de Saúde, em 2012 foi gerada uma demanda que resultou em 390 internações na Ala Verde.
"Minha filha nasceu de sete meses, com 1.250kg. Passei dias de angústia com ela na UTin e agora estamos juntinhas aqui no Método Canguru. Se não fosse essa maternidade não sei o que seria de Tayla Sophia", refletiu a dona de casa Adenilza Santos.
Etapas
O Método Canguru (MC) consiste em três importantes etapas. Assim que os bebês nascem, saem do Centro Cirúrgico e passam por um período de internação na Unidade de Terapia Intensiva neonatal [UTIn] para receber cuidados de alta complexidade, onde há todo o suporte de oxigênio nas incubadoras. Com o ganho de peso, eles são encaminhados para a Ala Verde onde mantêm o contato pele a pele com as mães. Ainda de acordo com neonatologista Alex Santana, o "Canguru" também ajuda a promover o importante vínculo entre a mãe e o filho.
"Antigamente os familiares não tinham acesso ao bebê de baixo peso e muitos nem sobreviviam. A partir desse conceito, eles passaram a frequentar a UTin com a assistência de psicólogas, estreitando os laços de carinho com o recém-nascido. Fatores emocionais que também influenciam positivamente nos resultados clínicos dos pacientes", concluiu Alex.