Ampliar o atendimento aos portadores de DST/aids na cidade de São Paulo é um dos grandes desafios dos novo secretário municipal de saúde , José de Fillipe Junior, empossado ontem(2), segundo ativistas, que querem o cumprimento de compromissos na luta contra a epidemia. Maior quantidade de médicos atuando na especialidade é outra reivindicação dos movimentos sociais.
Nelson Clovis Miyakava, integrante da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV e Aids (RNP+) e representante da organização não governamental Espaço Girassol em Diadema, onde Filippi Junior foi prefeito por três vezes (1993-1996, 2002-2004 e 2005-2008), elogia o perfil político do secretário e acredita que, o fato do novo secretário ser engenheiro não deve prejudicar uma administração na área da saúde. " Ele apoiou bastante as questões sanitárias aqui, inclusive às ações contra as DST/aids" , comentou.
Américo Nunes Neto, coordenador do Movimento Paulistano de Luta contra Aids (Mopaids), rede de 15 ONG/Aids do município reforça que o novo secretário terá vários desafios no enfrentamento da epidemia. " Aumentar a quantidade de médicos e melhorar a capacidade de atendimento das unidades especializadas são algumas das prioridades" , disse.
Para Américo, o novo secretário terá também que ter um cuidado especial sobre os hospitais administrados hoje pelas Organizações Sociais (OSs), onde, segundo o ativista paulistano, o controle social é restrito. " Quando há participação social nesses hospitais, é apenas com o propósito de ouvir os ativistas e pacientes e nunca de usar essas opiniões para a tomada de decisão, que é o que queremos" , explicou.
Engenheiro civil formado na USP, o novo secretário municipal de Saúde de São Paulo é pós-graduado na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
Com informações da Agência Aids