Uma operação emergencial foi montada em Duque de Caxias (RJ), nesta sexta-feira (28), com ações da secretaria estadual de saúde após o acúmulo de lixo na cidade devido a falta de coleta seletiva. Os técnicos vistoriaram hospitais e realizaram ações de apoio à saúde da população, com distribuição de panfletos, desinsetização e desratização. A ação contou ainda com a participação das secretarias de Defesa Civil e do Ambiente.
Seis equipes de técnicos estaduais percorreram as imediações de hospitais e unidades de saúde para aplicação de medidas paliativas, como desinsetização e desratização desses locais. Foram utilizados 160 litros de inseticida e 100 quilos de raticida para tentar minimizar os riscos de proliferação de doenças e diminuir o desconforto da população.
Os agentes, que contaram com o apoio de 13 veículos para deslocamento e dois carros fumacê, percorreram pontos de grande concentração de pessoas, como o Centro da cidade, a Rodoviária e a Praça da pacificação, distribuindo 33 mil panfletos com informações importantes sobre como a população pode se prevenir e identificar doenças transmitidas por insetos e roedores, como a leptospirose e a dengue.
As ações foram aplicadas ainda nas proximidades dos hospitais Moacyr do Carmo, Infantil, Adão Pereira Nunes e Maternidade de Xerém, além de postos de saúde nos bairros de Xerém, Sarapuí, Campos Elísios, Imbariê e Comendador Lafayete, entre outros.
Já os técnicos da Vigilância Sanitária realizaram vistoria no Hospital Municipal Moacyr do Carmo e na Maternidade de Xerém, para verificar a situação de coleta do lixo hospitalar. Não foram encontradas irregularidades.
Ajuda de moradores
Depois de três meses de coleta irregular, que resultou em lixo acumulado e mau cheiro por toda a cidade, um mutirão de moradores e empresários foi organizado para limpar a cidade a partir desta sexta (28).
Máquinas e equipes das áreas de saúde e defesa civil do governo do estado reforçaram o grupo de 160 voluntários que se uniram para limpar as ruas. Cento e cinquenta varredores da empresa que fazia a limpeza da cidade, mas pararam de trabalhar por falta de pagamento, foram acionados. Eles serão pagos por empresários, que também contrataram 80 caminhões para tirar o lixo das ruas do cidade.
Quebra de contrato
A prefeitura de Caxias diz que o problema foi causado pela interrupção do transbordo e transporte do lixo para o município de Seropédica. Com o fechamento antecipado do lixão de Gramacho, em Caxias, de dezembro para abril, " o planejamento foi desarmado" , informou, em nota, a prefeitura. A situação se agravou com o aumento do lixo no fim de ano de 1,2 mil toneladas para 2 mil por dia.
Por causa da interrupção na coleta, causada pela quebra de contrato com a empresa que fazia o serviço, a Secretaria Estadual do Ambiente multou o governo municipal em mais de R$ 1 milhão. O prefeito atual, José Camilo Zito, também foi responsabilizado pessoalmente pela Justiça Estadual, que aplicou contra ele multa diária de R$ 50 mil até a coleta ser normalizada.
De acordo com a assessoria do prefeito eleito de cidade, Alexandre Cardoso, que coordena o mutirão emergencial, a coleta de lixo será regularizada entre 40 e 60 dias. Cardoso tomará posse no dia 1º de janeiro.
Com informações da Agência Brasil