Cientistas da Brown University, nos EUA, descobriram que o comprimento dos espermatozoides afeta a fertilidade.
O estudo sugere que espermas que tinham caudas de um comprimento semelhante eram mais capazes de viajar para a fecundação do que aqueles com caudas de tamanhos variados.
Segundo os pesquisadores, as descobertas aumentam a compreensão de por que alguns casais têm mais dificuldade para ter filhos.
Grande parte das pesquisas sobre reprodução se concentra na quantidade de esperma e no tamanho da cabeça dos espermatozoides. O novo estudo mostra que a variabilidade no tamanho da cauda também pode afetar a reprodução.
A equipe de pesquisa, liderada por James Mossmon, analisou o sêmen de 103 homens que frequentaram uma clÃnica de infertilidade.
Eles verificaram que quanto maior a variação do comprimento dos espermas nas amostras, mais baixa a concentração de espermatozoides móveis. A variação no comprimento da cauda foi mostrada como o fator mais determinante.
"Medidas de comprimento do esperma podem fornecer uma visão útil sobre a função dos testÃculos e a eficiência da espermatogênese (desenvolvimento de células de esperma)", afirmam os autores.
É mais uma peça no quebra-cabeça que explica por que apenas 1% dos 300 milhões de espermatozoides liberados por um homem durante o sexo consegue atingir o útero da parceira, enquanto apenas algumas dezenas atingem o óvulo.
A pesquisa foi publicada na revista Human Reproduction.