Cientistas dos EUA descobriram que uma toxina presente no veneno dos escorpiões pode ser melhorar o desempenho de neurocirurgiões durante cirurgias para a retirada de tumores cerebrais.
A pesquisa mostra que a toxina é capaz de se ligar às células de tumores cerebrais sem afetar as células saudáveis.
Os pesquisadores, então, criaram uma versão sintética dessa substância, adicionando a ela um composto que brilha quando exposto à luz próximo ao infravermelho, colorindo as áreas do tumor.
No primeiro teste, o composto foi injetado na veia da cauda de um rato cujo corpo abrigava um tumor transplantado humano. "Dentro de 15 a 20 minutos, o tumor começou a brilhar, brilhante e distinto do resto do corpo do rato", afirma o pesquisador Jim Olson, do Seattle Children' s Hospital.
Segundo os pesquisadores, a toxina de escorpião é especial, não só porque se liga às células tumorais, mas também porque pode atravessar a barreira sangue-cérebro, fortificação celular e molecular que reveste os vasos sanguíneos no cérebro e impede a maioria dos compostos de entrar.
"Normalmente, os peptídeos não chegam até o cérebro, a menos que se liguem a algo específico que os carregam até lá dentro", explica o neurobiólogo Harald Sontheimer.
Embora derivada do veneno, a toxina parece ser segura.
A toxina desenvolvida por Olson também podem se iluminar fora do câncer de cérebro. Estudos em animais sugerem que ela também pode demarcar câncer de próstata, mama, cólon e outros tumores.
Uma empresa de Seattle chamada Blaze Biosciencelicenciou a tecnologia do Fred Hutchinson Cancer Center. Olson afirma que testes em humanos começarão no final de 2013.