O governo do Distrito Federal vai receber cerca de R$ 42,2 milhões até 2014 para combater o crack. Ação foi formalizada nesta semana após a adesão do DF ao programa do governo federal Crack, é Possível Vencer.
O acordo busca aumentar a oferta de tratamento de saúde e atenção aos usuários de drogas, enfrentar o tráfico e as organizações criminosas e ampliar atividades de prevenção.
O Distrito Federal é a 14ª unidade da Federação a formalizar adesão ao programa que segue três eixos: prevenção, cuidado (tratamento) e autoridade (enfrentamento ao tráfico de drogas). Esse conjunto de ações para o enfrentamento ao crack e outras drogas foi anunciado em 7 de dezembro de 2011 pela presidente Dilma Rousseff, em Brasília, e prevê R$ 4 bilhões em recursos federais até 2014.
O Ministério da Saúde investirá R$ 26,6 milhões, até 2014, para as ações de tratamento aos dependentes químicos no Distrito Federal. Com o investimento será possível criar quase 200 leitos para atendimento aos usuários de drogas, em especial o crack.
Serão criados quatro novos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS-AD) para atendimento 24 horas. Uma unidade, que já está em funcionamento, também passará a atender casos de uso de álcool e drogas 24 horas. Os CAPSad oferecem tratamento continuado a pessoas e seus familiares com problemas relacionados ao uso abusivo e/ou dependência de álcool, crack e outras drogas.
Também serão criadas cinco Unidades de Acolhimento, com equipe profissional 24 horas para cuidados contínuos, sendo três para atendimento de adultos e duas para crianças e adolescentes. Essas unidades cuidam em regime residencial por até seis meses, e realizam a estabilização do paciente e o controle da abstinência.
Além disso, serão implantados três Consultórios na Rua, que contam com profissionais que fazem intervenções de saúde para população em situação de rua (crianças, adolescentes e adultos) em seu contexto, incluindo locais de uso público de drogas, as chamadas cracolândias (cenas de uso). Uma unidade já foi inaugurada e está em funcionamento
Setenta e nove leitos em enfermarias especializadas também serão abertos em hospitais gerais. Essas vagas são usadas para atendimentos e internações de curta duração durante crises de abstinência e em casos de intoxicações graves.