O médico intensivista e clínico Fernando Gjorup, que nos últimos anos foi o médico do arquiteto Oscar Niemeyer, disse que o arquiteto morreu às 21h55 desta quarta-feira (5) tendo ao lado membros da família, entre eles netos e sobrinhos.
Segundo Gjorup, "no último dia o paciente apresentou uma piora. Os exames de sangue já vinham mostrando isso. Hoje pela manhã, o estado de saúde piorou ainda mais e ele precisou da ajuda de aparelhos para respirar", disse. Muito abalado, o médico declarou que o arquiteto morreu vítima de infecção respiratória.
Gjorup declarou, ainda, que Niemeyer, neste último mês, onde ficou internado por 33 dias no Hospital Samaritano, nunca falou em morte, sempre falou da vida. Informou que ele vinha apresentando sinais de piora dos exames laboratoriais e infecção respiratória.
"Hoje pela manhã apresentou insuficiência respiratória, teve que ser entubado e ventilado por aparelho e agora à noite ele não tolerou e veio a falecer às 21h55".
Internado desde o dia 2 de novembro no Hospital Samaritano, em Botafogo, na zona sul do Rio, o maior arquiteto brasileiro de todos os tempos teve seu quadro clínico agravado no dia 5 do mesmo mês. Naquele dia, um boletim assinado por Fernando Gjorup, informou que, por conta de uma infecção respiratória, Niemeyer estava sedado e respirando com a ajuda de aparelhos.
No dia 4 de dezembro, novo boletim informou piora no estado clínico do arquiteto. De acordo com o boletim, Niemeyer, que permanecia há mais de um mês internado na unidade coronariana, estava lúcido e continuava o tratamento com hemodiálise depois de uma piora na função renal, e com a fisioterapia respiratória.