Equipe de cientistas da Universidade do Tennessee, nos EUA, descobriu que nanopartÃculas produzidas pelo fungo Arthrobotrys oligospora têm propriedades anticâncer.
O estudo, publicado na revista Advanced Functional Materials, estimula o sistema imunológico dos pacientes e matar os tumores.
A equipe, liderada por Mingjun Zhang, estava examinando mecanismo de captura de A. oligospora por lombrigas quando descobriram que o fungo secreta compostos constituÃdos por nanopartÃculas altamente uniformes.
Estudos anteriores mostraram que nanopartÃculas são partÃculas minúsculas importantes para o tratamento do câncer.
"NanopartÃculas que ocorrem naturalmente têm atraÃdo crescente interesse da comunidade cientÃfica por sua biocompatibilidade. As nanopartÃculas têm demonstrado propriedades únicas ópticas, térmicas e eletrônicas. Além disso, o seu tamanho reduzido permite que elas facilmente atravessem as membranas celulares, um requisito essencial para a terapia do câncer", explica Zhang.
A equipe investigou o potencial das nanopartÃculas derivadas de fungos como estimulante para o sistema imunológico, e descobriram, através de um estudo in vitro, que as nanopartÃculas ativam a secreção de um estimulante do sistema imune, dentro de uma linha de células brancas do sangue.
Eles também investigaram o potencial das nanopartÃculas como agente anti-tumoral por meio de testes in vitro da toxicidade para as células, utilizando duas linhas celulares tumorais, e descobriram que as nanopartÃculas matam as células cancerosas.
De acordo com Zhang, a natureza enfrenta muitas doenças, e oferece mecanismos para a cura como resultado da evolução. "Este estudo pode levar a novos materiais para o tratamento de câncer. Compreender como estas nanoestruturas são formadas nos sistemas naturais também fornece nova abordagem para uma geração futura de nanoestruturas com aplicações biomédicas", afirma.
A equipe conclui que a descoberta representa o primeiro passo em frente no desenvolvimento de nanopartÃculas naturais para o tratamento do câncer e demonstra a importância de olhar para a natureza para a inovação no tratamento de doenças.