Pesquisadores da Wake Forest Baptist Medical Center, nos EUA, desenvolveram nanopartÃculas capazes de gerar calor para matar células do câncer colorretal.
Os resultados mostraram que quando as células cancerosas, incubados com as nanopartÃculas, foram expostas a cinco minutos de luz infravermelha, o tratamento matou até 95% das células.
A lÃder da pesquisa, Nicole H. Levi-Polyachenko e seus colegas descobriram uma nova formulação que dá os polÃmeros duas capacidades importantes para aplicações médicas: os polÃmeros podem ser transformados em nanopartÃculas, que são facilmente dispersas em água e gerar uma grande quantidade de calor quando exposto à luz infravermelha.
A equipe então modificou polÃmeros eletricamente condutores, comumente usados em aplicações de energia solar, para desenvolver as nanopartÃculas de polÃmeros revolucionários (PNs) para aplicação médica.
A equipe mostrou que essas nanopartÃculas poderiam sofrer repetidos ciclos de aquecimento e resfriamento, sem afetar sua capacidade de aquecimento. Isto oferece vantagens em relação a nanopartÃculas de metal, as quais podem se fundir durante os tratamentos fototérmicos, levando a uma perda da eficiência de aquecimento. Isto permite também que tratamentos subsequentes atinjam as células que são resistentes ao calor, induzido a morte celular.
Além disso, os pesquisadores ressaltam que as novas PNs são orgânicas e não mostraram qualquer evidência de toxicidade, aliviando preocupações sobre o efeito de nanopartÃculas, que podem, potencialmente, persistir no corpo.
"Há muito mais investigação a ser feita para que essas nanopartÃculas possam ser usadas com segurança em pacientes, mas o campo de polÃmeros eletricamente condutores é amplo e oferece muitas oportunidades para o desenvolvimento de nanopartÃculas seguras para gerar calor localmente em um tecido. Estamos muito entusiasmados com as futuras aplicações médicas dessas nanopartÃculas, incluindo uma abordagem alternativa para o tratamento do câncer colorretal", conclui Lévi-Polyachenko.