De acordo com relatório de pesquisadores do Johns Hopkins Center for Injury Research and Policy a prevalência do suicídio por asfixia e enforcamento subiu de 19% em 2000 para 26% em 2010. Os números são ainda mais alarmantes quando a analise é realizada em grupos com idades entre 45 e 59 anos. Nesta faixa etária, o suicídio por asfixia e enforcamento dobrou no período estudado.
Este relatório é o primeiro a examinar as mudanças no método de suicídio, particularmente por dados demográficos, como idade, disse a autora do estudo Susan P. Baker, do Johns Hopkins Center for Injury Research and. " Enquanto suicídio por arma de fogo continua a ser o método predominante nos EUA, o aumento dos casos de enforcamento e sufocamento, particularmente em adultos de meia idade, merece atenção imediata," afirma ela.
Os pesquisadores também descobriram que o suicídio por envenenamento aumentou de 16 para 17%, entre 2000 e 2010, mas entre a faixa etária de 60 a 69 anos este crescimento atingiu 85%. Os índices de suicídio por arma de fogo, enforcamento/asfixia e envenenamento juntos chegam a representar 93% de todos os casos suicídios nos EUA.
Além da idade, o novo levantamento revelou importantes diferenças entre gênero e raça, explicou Guoqing Hu, da Central South University, School of Public Health (China), co-autor do estudo. " As taxas de suicídio estão aumentando mais rapidamente entre as mulheres em comparação com os homens, entre brancos do que em não-brancos, e na faixa etária de 45-59 anos (39 %). Já entre as pessoas com mais de 70 anos este índice caiu 8%.
Baker e seus colegas usaram dados do CDC' s Web-Based Injury Statistics Query and Reporting System (WISQARS) para determinar as características das mudanças nas taxas de suicídio entre 2000 e 2010. O aumento de suicídios nos EUA foi destacado pela primeira vez no início de 2012, relacionado, em parte, com os efeitos da recessão econômica.
Nos EUA, o suicídio ultrapassou as mortes ocasionadas por acidentes de carros, passando a ser a principal causa de morte por lesão. " Reconhecer as mudanças nos métodos de suicídio é fundamental para o desenvolvimento de programas de prevenção," completa Baker.