Dos 4,3 mil novos casos de tuberculose que ocorrem, em média, por ano, em Pernambuco, 350 são detectados em reeducandos, dentro de 20 unidades prisionais. O número corresponde a aproximadamente 10% dos casos totais. No terceiro lugar em taxa da doença e o segundo lugar em mortalidade no país, sendo o 1º lugar na região Nordeste, o estado iniciou, nesta semana, uma ação para conscientizar agentes comunitários de saúde no combate à doença.
" Os números mostram que a incidência é alta na população carcerária. A atuação focada nesse público e em quem mantém esse contato permanente se torna fundamental e prioritário para o controle da doença nas prisões do estado. Por isso, a preocupação em monitorar esse fluxo" , pontua a coordenadora do Programa de Tuberculose da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Laíze Brilhante. Durante todo o mês, a SES promove campanha de mídia com a circulação de peças e outbus, além de apoiar os municípios em atividades educativas.
O sistema penitenciário do estado de Pernambuco abriga, atualmente, cerca de 25 mil presos.
A tuberculose é uma doença grave, porém curável, em praticamente 100% dos casos novos, desde que os princípios do tratamento sejam seguidos. É um problema de saúde prioritário no Brasil, que juntamente com outros 21 países em desenvolvimento, alberga 80% dos casos mundiais da doença. Doença curável e evitável, a tuberculose mata aproximadamente 4.500 pessoas no Brasil, a cada ano. Em sua maioria, os óbitos ocorrem nas regiões metropolitanas e em unidades hospitalares. Em Pernambuco ocorrem, em média, 380 óbitos por ano (segundo dados do Sistema de Informação de Mortalidade/SIM).
A capital pernambucana encontra-se em primeiro lugar em mortalidade dentre as capitais brasileiras.