Cientistas da Universidade de Toronto, no Canadá, descobriram que o uso médico de probióticos pode minimizar a infecção por C. difficile (Clostridium difficile) em pacientes hospitalizados que tomam antibióticos.
"Minimizar ou mesmo impedir C. difficile entre pacientes vulneráveis é uma alta prioridade para tornar os hospitais mais seguros. É uma importante questão de saúde pública", afirma o pesquisador Bradley Johnston.
A equipe de pesquisa revisou dados de 20 ensaios clÃnicos aleatórios, incluindo um total de 3.818 pacientes. Os ensaios monitoraram as taxas de uso de probióticos em pacientes internados e ambulatoriais que receberam antibióticos, e analisaram as taxas de diarreia associada a C. difficile entre os grupos.
No geral, os resultados mostraram que o uso de probióticos reduziu os novos casos de diarreia associada a C. difficile em dois terços (66%), sem causar eventos adversos graves.
"Os probióticos não são mágicos, mas esses resultados sugerem que agentes terapêuticos probióticos, assim como iogurtes e produtos lácteos probióticos, podem estar sendo subutilizados em algumas casas de repouso e hospitais", afirma Johnston.
Segundo os autores, embora o estudo não tenha encontrado eventos adversos graves entre as populações estudadas, mais pesquisas são necessárias para validar a segurança e a eficácia dos probióticos em crianças, nomeadamente aquelas com sistema imunológico debilitado.
Probiótico em pó e em cápsulas, bem como iogurte, foram incluÃdos nos estudos analisados. "Os resultados parecem ser ainda mais pronunciados quando vários organismos probióticos foram usados em conjunto", afirma Johnston.
A equipe acredita que quando antibióticos de amplo espectro são prescritos para tratar e prevenir infecções, os medicamentos também podem destruir bactérias necessárias no cólon. Probióticos ajudam a reintroduzir bactérias saudáveis. "É por isso que os probióticos podem ser uma abordagem eficaz, segura e relativamente barata de prevenir infecções por C. difficile", conclui Johnston.