Pesquisadores da Harvard University, nos EUA, conseguiram quantificar quantos anos de vida são ganhos por uma pessoa fisicamente ativa em diferentes níveis, entre todos os indivíduos, bem como entre grupos com variados índices de massa corporal (IMC).
Os resultados mostram que a adição de pequenas quantidades de atividade física a uma rotina diária, como 75 minutos de caminhada rápida por semana, foi associada com o aumento da longevidade em 1,8 anos após os 40 anos, em comparação com pessoas sedentárias.
A atividade física acima deste nível mínimo foi associada com ganhos adicionais de longevidade. Por exemplo, andar rapidamente por pelo menos 450 minutos por semana foi associado com um aumento de 4,5 anos. Além disso, a atividade física foi associada a uma maior longevidade entre as pessoas em todos os grupos de IMC: aqueles com peso normal, sobrepeso e obesos.
O estudo foi publicado na revista PLoS Medicine.
Revisando dados de seis estudos prospectivos, os pesquisadores examinaram as associações de atividade física de moderada a vigorosa com a mortalidade. Eles analisaram dados de mais de 650 mil pessoas e seguiram os participantes por uma média de 10 anos, analisando mais de 82 mil mortes. O tamanho da amostra permitiu estimar anos de vida adquiridos após a idade de 40 anos entre pessoas com diferentes níveis de atividade física e IMC.
Os resultados mostram que a atividade física foi associada com maior expectativa de vida através de uma escala de níveis de atividade e grupos de IMC. Baixo nível de participação em atividade física de intensidade moderada a vigorosa, comparável a até 75 minutos de caminhada rápida por semana, foi associado com redução de 19% de risco de mortalidade em comparação com nenhuma atividade.
Assumindo uma relação de causalidade, os pesquisadores afirmam que este nível de atividade poderia conferir um ganho de 1,8 anos na expectativa de vida, depois dos 40 anos de idade, em comparação com indivíduos sedentários.
Para aqueles que fizeram o equivalente a 150-299 minutos de caminhada rápida por semana, quantidade de atividade recomendada pelo governo federal, tinha expectativa de vida de 3,4 anos a mais.
Estes benefícios foram observados em ambos os homens e mulheres, e entre os participantes brancos e negros. Importante, eles também foram observados entre as pessoas que estavam com peso normal, sobrepeso e obesidade.
"Nossos resultados reforçam as mensagens prevalentes de saúde pública que promovem tanto um estilo de vida fisicamente ativo quanto um peso corporal normal. Estas descobertas também podem ajudar a convencer as pessoas inativas que, mesmo uma atividade moderada melhora a expectativa de vida", conclui Steven C. Moore, pesquisador do Instituto Nacional do Câncer e principal autor do estudo.