A pressão arterial elevada pode causar danos a estrutura e funções do cérebro já no início da meia-idade. Mesmo em pacientes que clinicamente não seriam considerados hipertensos foram encontradas evidências de danos estruturais no cerebral ocasionados em silêncio pelo descontrole da pressão sanguínea.
A investigação descobriu um envelhecimento acelerado do cérebro entre os hipertensos e pré-hipertensos na faixa dos 40, incluindo danos à integridade estrutural da matéria branca do cérebro e do volume de massa cinzenta, sugerindo que a lesão cerebral vascular "desenvolve-se silenciosamente ao longo da vida."
O estudo é o primeiro a demonstrar os indícios de danos estruturais no cérebro de adultos no início da meia-idade como resultado da pressão arterial. Até então, estes danos eram associados somente ao declínio cognitivo em idosos. Ele enfatiza a necessidade de atenção ao longo da vida a fatores de riscos vasculares para o envelhecimento do cérebro, diz autor Charles Decarli, professor de neurologia e diretor do Centro de UC Davis para estudo da doença de Alzheimer.
"A mensagem aqui é muito clara: as pessoas podem mudar a saúde do cérebro na velhice (evitando o declínio cognitivo e demência), conhecendo e tratando a sua pressão arterial em uma idade jovem, quando, em geral, não existe nenhuma preocupação com a questão, principalmente porque muitas não apresentam sintomas," disse Decarli.
Um dos resultados da pesquisa mostra que a saúde cerebral de um hipertenso de 33 anos de idade era semelhante ao de uma pessoa não hipertensa de 40 anos, confirmando que a pressão desregulada causou um envelhecido prematuro de sete anos ou mais.